quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quilombo da Cultura

Quilombo da Cultura
Este final de semana o Coletivo Maiêutica visitou o Quilombo da Cultura. Existe! Você acredita? Pois sim, fica a 390 km da capital paulista a poucos minutos de Ribeirão Preto. O quilombo fica na cidade de Serrana. Lá na Terra do Numca, onde tudo acontece.
Existe um espaço ocupado pela comunidade local no centro da cidade de Serrana. Lá, há muitos anos atrás existia um Parque... Uma espécie de praça que pertencia a FEPASA (Ferrovia Paulista S.A.). Com o fim das atividades da FEPASA na região, o Parquim (como a comunidade chama o local) ficou abandonado, este abandono permaneceu até 2004 quando integrantes da comunidade e ativistas do Sindicato do Rock tomaram o local. Com um objetivo. Tornar aquele espaço útil a comunidade. Desde então o Parquim – CCAC, funciona como um ponto de cultura da comunidade, onde são oferecidas oficinas de arte: musica, teatro, dança além do futebol.
Salve! Salve! Brasileiro!
Brasileiro com letra maiúscula mesmo... Porque é um cara firmeza! O articulador desta causa.
Chegamos lá no sábado, dia em que a banda (((The snobs))) do Coletiva Maiêutica ia se apresentar. Fomos recebidos e acomodados muito bem no sistema solidário do Fora-do-Eixo.
As apresentações se iniciaram em torno das 22hs com a abertura sendo feita pela banda Sol Nascente do próprio CCAC, seguida de The Snobs (Coletivo Maiêutica), Guerrilha Gig (Projeto Paiero), Zidzilda (São Simão), Pé de Macaco (Bauru) e UDJC de Guaxupé.
No domingo a galera se reuniu logo cedo para um futebol. Em paralelo foi dada uma oficina de violão pelo saudoso Na Cunna. A tarde foi iniciada com uma oficina de malabari ministrada pelo Arthur do Enxame... foi muito massa, auto envolvimento dos presentes no local e ainda contou com uma intervenção de teatro de arena feita pela trupe Zibaldani, grupo teatral parceiro do Coletivo Fuligem. Permeando o ambiente rolou um som escolhido pela comunidade que possibilitou a execução de dança de rua pelos locais.
Mais isso não foi tudo. À noite inicio com uma apresentação ao ar livre da Na Cunna em Paralelo a Equipe Maiêutica de grafite fez arte. Para finalizar fomos ao Studio do CCAC, ouvir mais apresentações musicais. Ao final rolou uma roda de conversa dos coletivos e ccacaquianos, arespeito das impressões pessoais de cada um sobre a Cultura do Quilombo.
Bom senhores! Em resumo. Fiquei impressionado com a relação que a comunidade tem com o Parquim. Quando questionados em relação à posse do local: “De quem é o Parquim?”. A resposta é unânime: “È nosso”.
Isso explica o sentimento e o nome que cunhamos a comunidade. Quilombo da Cultura.

Joel Reis - Coletivo Maiêutica – Paraibuna- SP.

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